15 DE OUTUBRO - Santa Teresa d’Ávila, a grande doutora da oração

    Hoje no Brasil, comemoramos o Dia dos Professores e neste dia a Igreja celebra uma mulher santa, forte, determinada, se destaca por sua fecunda vocação e também por sua grande vida de oração. Era uma mulher muito inteligente e uma das poucas, que em seu tempo, aprendeu a ler, desenvolvendo uma grande sabedoria que a distinguiu entre tantas religiosas. e também reconhecida como padroeira daqueles que exercem a missão de ensinar: Santa Teresa de Jesus, ou Teresa d’Ávila, como é mais conhecida.

    

    Providencialmente, a Liturgia de hoje nos traz o Evangelho (Lc 11,42-46) que nos fala o seguinte: “Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus”.  

    Jesus ali se dirigia aos Fariseus (um grupo judaico do século II a.C. conhecido por sua interpretação rigorosa da Lei), mas hoje nós católicos, especialmente nós Catequistas somos os Fariseus (conhecedores das Leis de Deus, ou deveríamos ser).  Jesus está sim falando conosco! Essa Palavra precisa nos tocar... se nós deixamos de lado nossa obrigação "substituindo" por outras práticas que nos convém, se assumimos práticas que Ele não nos pediu e que ocupa o tempo e o esforço que deveríamos estar usando para praticar o que de fato Ele nos pediu: "a justiça e o amor de Deus".

Se praticarmos isso e ainda conseguirmos praticar mais coisas santamente, louvado seja o Senhor!  Se não, continuemos com o básico, com o principal, que é o que nos salvará e também aos nossos catequisandos, alunos e nosso próximo.

    Peço licença a Santa Teresa de Jesus , para em seu dia também citar a frase de São Beda, um monge beneditino, que aponta três caminhos para o fracasso: 

"Não ensinar o que se sabe, 

não praticar o que se ensina e 

não perguntar o que se ignora." 

E trago também a bela e sábia interpretação do filósofo Mário Cortella:

Os três caminhos para o fracasso
Não ensinar o que se sabe: O conhecimento guardado não é compartilhado e acaba se perdendo.
Não praticar o que se ensina: A falta de coerência entre o discurso e a ação leva à incoerência.
Não perguntar o que se ignora: O orgulho impede que o conhecimento seja buscado, e a ignorância persiste.

Os três caminhos para o sucesso (inversão da frase)
Ensinar o que se sabe: É a generosidade mental, pois o conhecimento é compartilhado.
Praticar o que se ensina: É a coerência ética, pois a ação condiz com as palavras.
Perguntar o que se ignora: É a humildade intelectual, pois reconhece a necessidade de aprender.

    Finalizo esse bate-papo de hoje pedindo ao Senhor que iluminados pelo Evangelho e pelos ensinamentos e exemplos de seus santos possamos cumprir com excelência o que nos pede, para assim ajudarmos aqueles que Ele traz a nós. Amém!