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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Como portar-se na Igreja?

Caro Amigo, deseja portar-se na Igreja como verdadeiro católico?

Ao entrar, observe se há a pia de água benta. Se houver, persigne-se com ela, recordando o seu Batismo, pelo qual você, marcado para sempre pela cruz do Redentor, entrou na Igreja. Entrar na igreja-casa deve sempre nos recordar a graça de quando entramos na Igreja-Povo de Deus Pai, Corpo de Cristo e Templo do Espírito!

Depois, vá até o seu lugar. Antes de entrar na fileira dos bancos, faça a genuflexão ao Santíssimo Sacramento, se Ele estiver à vista: dobre até o solo seu joelho direito. Os católicos orientais em geral rezam de pé para recordarem que são humanidade nova e gloriosa em Cristo; rezam, pois, de pé, numa posição gloriosa. Belíssimo! Nós, católicos latinos, ajoelhamo-os em várias ocasiões, como ato de humildade ante o Senhor e, sobretudo, recordando o senhorio de Cristo Jesus, diante de Quem deve dobrar-se todo joelho no céu, na terra e nos abismos. Assim, recordamos também que ainda não somos plenamente glorificados, ainda estamos a caminho! Belíssimo também!

Depois, já no seu lugar, ajoelhe-se e reze; derrame seu coração ante o Senhor em louvor, adoração e amoroso silêncio. Se não estiver inspirado, basta saudar o Santíssimo Sacramento, rezar o Pai-nosso, um Glória ao Pai, uma Ave-Maria... Somente depois sente-se e, calma e silenciosamente, pensando nas coisas de Deus, nas coisas da vida e nas coisas do céu, espere o início da santa Liturgia!
Se necessitar realmente falar com seu vizinho, faça-o com voz muito baixa e com discrição. É importante preservar o ambiente de sacralidade, respeito e religioso silêncio: "O lugar em que pisas é santo"; foi especialmente consagrado a Deus!
É assim que um verdadeiro católico, consciente e educado na fé, se porta!


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Celebração para jovens: A Conversão

Olá, Povo de Deus!  
Turminha abençoada!

Quanto mais me aprofundo nas formações catequéticas, vejo o quão importante são as celebrações... se você não tem por hábito utilizá-las em seus encontros... renda-se a este recurso... você verá os frutos que produzirão! 

A base para a celebração está aqui, peça ao Espírito Santo que lhe inspire criatividade para enriquecê-la!  Prepare o ambiente, cartazes... recadinhos.  Tire fotos e depois mostre para nós!

A Conversão

Motivação: A conversão nos convida a rever nossa convivência e as atitudes que tomamos em nossos relacionamentos.

Símbolo: Uma bacia com cinza.

Objetivo: Motivar os catequizandos a pedirem desculpas e perdão, respeitar a alteridade e as diferenças.

Catequista: Para encontrar o  perdão, jejua-se (Jz 20,26; 1Rs 21,8), rasgam-se as vestes e a pessoa se veste de saco (1Rs 20,31; 2Rs 6,30; Is 22,12), deita-se sobre a cinza (Is 58,5), fazem-se ouvir gemidos e gritos de luto (Jz 2,4), elaboram-se formulários de lamentações e de súplica (Sl 60; 74; 79; 83), recorre-se a ritos e sacrifícios expiatórios (Nm 16,5-15), faz-se uma confissão coletiva dos pecados (Jz 10,10).

Catequizandos: Senhor, que a penitência nos fortaleça no combate contra o espírito do mal.

Leitor 1: O convite à penitência constitui-se num aspecto essencial da pregação profética (Jr 25,3-6). Amós, profeta da justiça, não se contenta em denunciar os pecados. Diz que é preciso buscar o bem e não o mal, odiar o mal e amar o bem (Am 5,14).
Catequizandos: Isso implica uma correção da conduta e uma leal prática da justiça.

Leitor 2: O profeta Oseias exige igualmente um real afastamento da iniquidade, especialmente da idolatria, e promete que, em troca, Deus concederá o seu favor e afastará a sua ira (Os 14,2-9). Condena as conversões superficiais que não podem trazer fruto algum e insiste no caráter interior da verdadeira conversão, inspirada no amor e no conhecimento de Deus (Os 6,1-6).

Catequizandos: Somos pó e ao pó haveremos de voltar.

Leitor 3: O profeta Isaías recomenda que somente a conversão pode trazer a salvação, pois o culto nada é (Is 1,11-15), quando não há uma submissão prática à vontade divina (Is 1,16). Miqueias diz que é preciso haver justiça, piedade e humildade. O profeta Sofonias fala em humildade e sinceridade (Sf 2,3; 3,13s). Os filhos rebeldes não devem apenas chorar e suplicar confessando de seus pecados (Jr 3,21-25), mas mudar de conduta e circuncidar o coração (Jr 4,1).

Catequizandos: Troquemos nossa veste por cinzas. Choremos, jejuando, diante da face do Senhor. Cheio de bondade é o nosso Deus, capaz de perdoar nossos pecados (Est 13,17).

Leitor 4: Ezequiel adverte: Rejeitai para longe as transgressões que haveis cometido e fazei-vos uma coração nono e um espírito novo.

Catequizandos: Convertei-vos e haveis de viver (Ez 18,31s).

Leitor 5: Insiste no caráter pessoal da conversão: cada qual só pode responder por si mesmo, a cada qual se retribuirá conforme a sua própria conduta (Ez 3,16-21). A doutrina profética da conversão se traduz em oração, na confissão das culpas, no pedido da purificação interior, no apelo à graça capaz de transformar o coração e na orientação para uma vida fervorosa.

Catequizandos: Tem piedade de mim, ó Deus, por teu amor! Por tua grande compaixão, apaga a minha culpa. Lava-me da minha injustiça e purifica-me do meu pecado. Porque eu reconheço a minha culpa, e o meu pecado está sempre na minha frente. Pequei contra ti, somente contra ti, praticando o que é mau aos teus olhos (Sl 51(50),1-6).

Leitor 6: A mensagem de conversão dos profetas se encontra em toda a sua pureza na pregação de João Batista. O evangelista Lucas assim resume sua missão: Ele trará de volta muitos filhos de Israel para o Senhor seu Deus (Lc 1,16s).

Catequizandos: Convertei-vos, pois o Reino dos céus está próximo (Mt 3,2).

Leitor 7: Todos devem reconhecer-se pecadores, produzir um fruto que seja digno do arrependimento (Mt 3,8), assumir um comportamento novo, apropriado a seu estado de vida (Lc 3,10-14). Como sinal dessa conversão, João dá um batismo de água, que deve preparar os penitentes para o batismo de fogo e do Espírito Santo (Mt 3,11).

Catequizandos: Senhor, tu amas o coração sincero e, no íntimo, me ensinas a sabedoria. Purifica-me e eu ficarei limpo. Lava-me e eu ficarei mais branco do que a neve. Esconde dos meus pecados a tua face, e apaga toda a minha culpa. Ó Deus, cria em mim um coração puro, e renova no meu peito um espírito firme. Não me rejeites para longe da tua face, não retires de mim teu santo espírito (Sl 51(50),8-13).

Leitor 8: Jesus veio para chamar os pecadores à conversão (Lc 5,32). Todo aquele que toma consciência do seu estado de pecador pode voltar-se para Jesus com confiança, pois o Filho do Homem tem o poder de perdoar pecados (Mt 9,6). Não mudando de conduta, todos perecerão (Lc 13,1-5), à semelhança da figueira estéril (Lc 13,6-9).
Catequizandos: Senhor, abre os meus lábios, e minha boca anunciará o teu Louvor (Sl 51(50),17).

Leitor 9: Para Jesus, o que conta é a reviravolta do coração, que faz fornar a ser como criancinhas (Mt 18,3), e, depois, o esforço contínuo em buscar o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6,33). A conversão é uma graça devida à iniciativa divina: é o pastor que sai à procura da ovelha perdida (Lc 15,4). A resposta a esta graça aparece na parábola do filho pródigo, que destaca a misericórdia do Pai (L 15,11-32).

Catequizandos: Há mais alegria no céu por um pecador que se converte do que por noventa e nove justos que não tem necessidade de penitência (Lc 15,7.10).
Leitor 10: Jesus sempre mostra para com os pecadores uma atitude de acolhimento (Mt 9,10-13; Lc 15,2), que desperta arrependimento (Lc 7,36-50; Lc 19,5-9), o perdão dos pecados (At 2,38). Só a penitência prepara o homem para enfrentar o juízo de Deus (At 17,30). Se a sua chegada parece tardar, é só porque Deus usa de paciência, desejando que toda pessoa não pereça e que todos, se possível, cheguem ao arrependimento (2Pd 3,9).

Catequizandos: Ajudai-nos, ó Deus salvador; pela glória do vosso nome, libertai-nos (Sl 78,9).

Catequista: A cinza simboliza o pecado, a fragilidade, a penitência e a conversão. O coração do pecador é semelhante à cinza. E o pecador que toma consciência de sua culpa confessa que ele não passa de pó e cinza (Gn 18,27), e para dar a entender aos outros e a si próprio que está convencido disso, senta-se na cinza (Jó 42,6), com ela cobre a sua cabeça (Jd 4,11-15; Ez 27,30), alimenta-se de cinza (Sl 102,10), cobre-se de pó e de cinza (Jr 6,26).

Autor: Padre Antonio  Francisco Bohn

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Catequese distribui remédio!


Olá Povo de Deus! 
Meus queridos visitantes e Catequistas Unidos!

Estamos sempre a busca de uma fórmula ou um método que torne nossa catequese mais eficaz...
Aproveitemos a oportunidade de levarmos ao conhecimento de todos a importância da celebração do próximo domingo. 

Vocês sabem o que celebraremos?
A Festa da Divina Misericórdia!

 Precisamos ensinar essa devoção! O Próprio Senhor Jesus marcou esta festa quando em uma das suas primeiras aparições e revelações à Santa Faustina diz respeito à Festa da Misericórdia, que deveria ser celebrada no 2º domingo da Páscoa:

“Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” 
(Diário, 49; cf. 88; 280; 299b; 458; 742; 1048; 1517).

“Na Minha festa, na Festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (D. 206)

Nós evangelizadores, Catequistas mistagogos não podemos deixar passar em brancas nuvens essa data tão importante. Não podemos não! 
 E se você catequista não conhece procure conhecer e vamos preparar um encontro bem rico e abençoado!

Entre os anos 1931-1938 o Senhor se dignou revelar à Santa Faustina algumas novas formas devocionais que pretendem auxiliar o cristão a se aproximar mais e mais do mistério da Divina Misericórdia – o terço, a novena, a hora, a imagem da Divina Misericórdia (esta, uma vez abençoada, torna-se um sacramental), e uma nova celebração litúrgica, a Festa da Divina Misericórdia (aprovada no ano 2000 e enriquecida com especiais indulgências).

Após você explicar as crianças sobre Santa Faustina e a Festa da Misericórdia distribua as Caixinhas que vai preparar com o molde que fiz e deixo aqui. Dentro das caixinhas coloque um tercinho(dezena) e a bula.

Imprimir, dobrar e colocar na caixa com o tercinho. 
Bom encontro para todos!
Paz de Cristo!!!




quinta-feira, 21 de março de 2013

SANTOS ÓLEOS - ROTEIRO PARA CRISMA

Bom dia, povo de Deus!
Aiai... quando eu chego a vir aqui dar bom dia para vocês, já fiz tanta coisa que para mim é quase boa noite....rsrsrs Bom, mas graças a Deus que já consegui vir pro meu atelier e começar os trabalhos e evangelização e artesanato...simultaneamente... coisas de mulher...rsrs! 

Espero que aproveitem este roteiro riquíssimo que a Catequista Unida Angela Rocha preparou para o grupo com que trabalha e está prestes a receber o Sacramento da Crisma.

SANTOS ÓLEOS

ROTEIRO PARA  ENCONTRO COM CRISMANDOS, PAIS E PADRINHOS

OBJETIVO: Este encontro tem por objetivo levar os crismandos a conhecer um pouco mais sobre a unção crismal e incentivar a participação na Missa dos Santos Óleos na Semana Santa como uma peregrinação crismal mo Ano da Fé. Lembrar que o método da mistagogia é: celebra/explica/celebra e assim se faz a experiência da fé. Os efeitos dos ritos só se desenvolvem plenamente quando eles são explicados e vivenciados.

OBS.: Óleo DO crisma (o masculino referindo ao óleo);
Sacramenta DA crisma (o feminino referindo-se a unção).

AMBIENTAÇÃO: No centro da sala, no chão, colocar tecidos, vermelho (crisma), roxo (enfermos) e branco (catecúmenos), uma Bíblia, o Círio Pascal (apagado) e diversos tipos de óleos, um frasco de azeite e um frasco com bálsamo (perfume).
- A parte preparar pequenos frascos com azeite de oliva e um bálsamo (perfume) misturado. Mais ou menos 10 frasquinhos dependendo do número de pessoas.

ENTRADA: Iniciar o encontro com as luzes apagadas. Entra uma pessoa com uma vela acesa enquanto se canta...

Ó luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser permanece em nós...
Ó luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser permanece em nós...

Ao chegar a frente  a pessoa acende o círio e então se acendem algumas luzes da sala. Em seguida entram três pessoas, cada uma com um frasco (ornamental) contendo óleo, representando os três óleos (crisma, batismo e enfermos) e coloca em cima do tecido da cor apropriada. (Com uma música de fundo).

Sugestão: Enviai o Vosso Espírito... (Vida Reluz).

PRIMEIRA PARTE – (VER)

- Boa noite a todos, sejam bem vindos a esta nossa vivência crismal. Estamos hoje aqui reunidos, catequistas, catequizandos, pais, padrinhos, coroinhas... Para viver um pouco daquilo que chamamos de “mistagogia”... De condução ao mistério da nossa fé, tentando entender um pouco mais o sacramento da crisma e seus símbolos.
- No dia da confirmação, da Crisma, o Bispo vai ungir a fronte dos crismandos com um óleo consagrado. Esse óleo é consagrado na missa crismal, que acontece na Semana Santa, junto com a bênção do óleo dos catecúmenos (óleo do batismo), e o óleo da unção dos enfermos.
- Mas isto não é um simples gesto, ele tem três grandes significados: é um gesto corporal, tem sentido teológico e está carregado de sentimento, de afeto... É a consagração do crismando para uma grande missão na Igreja. O jovem é ungido para o combate de sua vida, para ir a luta com novas forças e novo impulso para vencer.

Conhecer a história – os óleos e seu significado. Qual é a utilidade do óleo na nossa vida? Exortar a participação de todos. Mostrar a utilização do óleo, principalmente nas refeições.

- E para que esta unção seja feita precisamos de ÓLEO.
- Óleo é uma palavra de origem latina, "oleum", derivada do grego "élaion", que designa o óleo extraído dos olivais (élaia).
- Quando se fala de azeite (óleo), que imagem isso nos traz? Qual o contato dessa preciosa substância com o nosso cotidiano? Ele é utilizado na comida, como combustível, em massagens, como protetor solar, em perfumes; Tem também função terapêutica para queimaduras, torções, pancadas. Ele é símbolo de saúde, bem-estar e paz. E da onde vem o óleo? Soja, milho, girassol, mamona, canola, oliva...
Vamos tratar aqui de um óleo ou azeite que para nós tem uma função preciosa: o óleo de oliva. Que é extraído das oliveiras.
- A oliveira é uma das árvores mais antigas cultivadas no mundo. Já foram encontrados vestígios fossilizados de oliveiras na Itália e no norte da África e em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com idade de seis mil a sete mil anos, a.C.  Os estudiosos concluem que o azeite, óleo advindo das oliveiras, faz parte da alimentação humana há muito e muito tempo. Concluem que a oliveira é originada do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irã e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do Mediterrâneo. E os gregos é que difundiram o azeite de oliva para o resto do mundo. Gregos e romanos, maiores produtores do azeite, descobriram inúmeras aplicações para ele. Além de usar na cozinha, era usado como medicamento, ungüento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação e impermeabilizante de tecido. Com as expedições marítimas dos portugueses acabou por chegar as Américas. Espalhando-se por todo mundo onde as condições climáticas lhe eram favoráveis. Hoje até mesmo o Brasil produz um pouco de óleo de oliva. Existem plantações de oliveiras em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Mas mesmo assim, somos grande importadores do produto. O Brasil é o sétimo em importação de azeite e o segundo em importação de azeitonas.

- Como é uma Oliveira afinal? (Mostrar imagens, colocando numa apresentação em powerpoint).

- Mas porque afinal estamos falando tanto de oliveira, azeitona, azeite...
- Primeiro porque precisamos compreender um pouco cada sacramento e cada símbolo da nossa fé. E aqui, trouxemos para vocês, o óleo, o símbolo da UNÇÃO.
- Vamos falar um pouco mais dessa palavrinha: UNÇÃO.  Que lembra untar, que nada mais é do que “lambuzar” alguma coisa de óleo... Isso a gente faz nas formas antes de assar bolo, pão e outras coisas... Mas aqui na nossa vivência, a unção é muito mais que isso... Aqui falamos de cada um de nós: ungidos pelo Espírito Santo do Senhor. Sabem o que significa a palavra CRISTO? Ungido. E o que significa cristãos? Ungidos.

SEGUNDA  PARTE  - (ILUMINAR)

-Mas de onde vem essa função do óleo ou azeite na nossa Igreja. Como ele se tornou um símbolo da Crisma?
- Para saber isso vamos iluminar o nosso encontro com Palavras da Sagrada Escritura.

Fundamentação Bíblica

- Encontramos nos salmos que o óleo tem a finalidade de fazer brilhar o rosto (Sl 103,15) e é símbolo da alegria (Sl 44,8).  Penetrante, sua unção significa a consagração de um ser a Deus, em vista da realeza, do sacerdócio ou de uma missão profética (Ex 29,7). Edifícios e objetos são consagrados com a unção do óleo (Gn 28,18). O ungido por excelência é o Messias, o Cristo, que é o Rei, o Sumo Sacerdote e o Profeta. Símbolo da alegria e da beleza, sinal de consagração, o óleo é também o ungüento que alivia as dores e que fortalece os lutadores, tornando-os mais ágeis e menos vulneráveis.

- Vamos lembrar aqui que desde o primeiro Rei de Israel, este foi ungido com óleo. E que Davi, rei escolhido por Deus ainda jovem, por duas vezes teve a chance de matar seu antecessor,  Saul... Mas não o fez em respeito a ele ser um rei “Ungido”.  Davi é um exemplo de pessoa que levou a sério a unção, a pertença da pessoa à Deus.

Leitura: Êxodo 30, 22-33.

(Fazer a leitura explicando a origem do óleo consagrado e citar brevemente as outras fontes: Levítico, unção dos sacerdotes; Mateus, luz/combustível para as lâmpadas, luz que ilumina; Marcos, força e cura; São Tiago, cura.)

Fontes de referência: Êxodo 30, 22-33; Levítico 8, 1-13; Mateus 25, 1-13; Marcos 6, 6-13; São Tiago 5, 13-15. (Anexos)

Liturgia

- A Liturgia da Igreja privilegia três óleos, chamando-os de "Santos Óleos": Óleo dos enfermos, Óleo dos catecúmenos e Óleo do Santo Crisma. Os dois primeiros Santos Óleos são abençoados e o terceiro, o Óleo Crismal, é consagrado na missa crismal que o Bispo celebra com todo o seu presbitério na 5ª feira santa pela manhã ou na quarta-feira, como será aqui em Londrina, dia 27 de março, às 19h30, no Moringão.

- No centro da Liturgia deste dia está a bênção dos santos óleos: o óleo dos catecúmenos e o óleo para a unção dos enfermos. Merece destaque, o óleo do crisma que não é abençoado e sim consagrado. Com ele se unge a testa de quem está sendo crismado, as mãos do padre quando é ordenado, a cabeça do bispo quando ele é ordenado. Consagra-se o altar da Igreja, as 12 cruzes da parede. Este é o “toque” do Senhor, a expressão física, corporal, usando elementos da natureza, no caso, o óleo de oliva.

“Os sacramentos são a expressão da corporeidade da nossa fé, que abraça corpo e alma, isto é, o homem inteiro.” (Bento XVI).

TERCEIRA PARTE – (AGIR)

- O óleo é símbolo do Espírito Santo e, ao mesmo tempo, alude a Cristo: a palavra Cristo (Messias) significa “Ungido”. Aquilo que acontecera apenas simbolicamente nos reis e sacerdotes da Antiga Aliança, quando eram instituídos no seu ministério com a unção do óleo, verifica-se em toda a sua realidade em Jesus: a sua humanidade é permeada pela força do Espírito Santo. Jesus abre a nossa humanidade ao dom do Espírito Santo. Chamamo-nos “cristãos”, ou seja, “ungidos”: pessoas que pertencem a Cristo e por isso participam na sua unção, são tocadas pelo seu Espírito.

Os Santos Óleos:
- O Óleo dos Catecúmenos concede a força do Espírito Santo aqueles que serão batizados para que possam ser lutadores de Deus, ao lado de Cristo, contra o Espírito do mal. O batizando é ungido com o óleo dos catecúmenos, no peito.
- “Este óleo é o primeiro modo de ser tocado por Cristo e pelo seu Espírito: um toque interior, pelo qual o Senhor atrai e aproxima de Si as pessoas. Por meio desta primeira unção, que tem lugar ainda antes do Batismo, o nosso olhar detém-se nas pessoas que se põem a caminho de Cristo, nas pessoas que andam à procura da fé, à procura de Deus. O óleo dos catecúmenos diz-nos: não só os homens procuram a Deus, mas o próprio Deus anda à nossa procura”. (Bento VXI).
- O Óleo dos Enfermos é um sinal sensível utilizado pelo sacramento da Unção dos Enfermos, que traz o conforto e a força do Espírito Santo para o doente no momento de seu sofrimento. O doente é ungido na fronte e na palma das mãos.
- Lembram que o bom samaritano despejou óleo nas feridas do viajante?

- “Pensemos agora na multidão das pessoas que sofrem: os famintos e os sedentos, as vítimas da violência em todos os continentes, os doentes com todos os seus sofrimentos, as suas esperanças e desânimos, os perseguidos e os humilhados, as pessoas com o coração dilacerado. Ao narrar o primeiro envio dos discípulos por Jesus, São Lucas diz-nos: “Ele enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos” (9, 2). Curar é um mandato primordial confiado por Jesus à Igreja, a exemplo d’Ele mesmo que, curando, percorreu os caminhos do país. Faz parte da missão essencial da Igreja também a cura concreta da doença e do sofrimento. O óleo para a Unção dos Enfermos é expressão sacramental visível desta missão”. (Bento XVI).
- Que na missa dos santos óleos a oração de cada crismando presente, na hora da bênção, seja força e alimento, junto com o óleo, para todos os enfermos de nossa arquidiocese.
- O Santo Crisma é o óleo utilizado nas unções de consagração dos seguintes sacramentos: batismo, o batizado é ungido no peito; na Confirmação ou Crisma, é o símbolo principal da consagração, feito na fronte; depois na Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo; e na ordenação sacerdotal, na palma das mãos do novo sacerdote. Também é usado em outros ritos, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração que são colocadas nas paredes laterais das igrejas dedicadas (consagradas). Em todos estes casos, o Santo Crisma recorda a vinda do Espírito Santo que penetra as pessoas como o óleo que impregna a cada um deles que o toca. Ele faz com que pessoas sejam ungidas com a unção real, sacerdotal e profética de Jesus Cristo. Lembrando aqui o batismo.
- Na missa crismal observar os gestos do bispo, na oração de consagração do óleo, observar como ele é conduzido até o altar e depois como é retirado. Participar com muita fé e oração pois este óleo te consagrará para sempre e consagrará muitos outros pelo batismo.

- Misturar aqui os dois jarros: o de azeite com o bálsamo... lembrar o cerimonial da Missa dos santos óleos...  a bênção, o sopro... enquanto vai falando...

- O óleo do crisma é misturado com perfume. É o único dos santos óleos que é perfumado. Porque precisa deixar marcas no Espírito e no corpo. O óleo do crisma transmite o aroma do amor de Cristo, cobre o jovem com o perfume de Cristo, dá-lhe a sua irradiação amorosa. Ele está assim marcado, não precisa ter medo dos perigos, das tentações, do mal... Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito. O óleo do crisma é uma mistura do óleo de oliva e de bálsamo perfumado.
- E ao sermos consagrados com o óleo do crisma recebemos a “Identidade de cristãos”, conferida já pelos sacramentos da iniciação, batismo e eucaristia, agora somos “propriedade de Deus”, fomos marcados pelo seu selo. Recebemos a unção e esta unção é poderosa!
- Vamos “sentir” e “tocar” um pouco esse óleo perfumado... sentir a textura na pele, o cheiro...
- Aqui passar de mão em mão os pequenos frascos com óleo perfumado para cheirar e tocar. Enquanto isso vai falando...
- A unção com óleo significa o derramar do Espírito Santo em nossas vidas e o agir de Deus a nosso favor, através da comunhão, da oração e da obediência.
- Crisma é o sacramento que, conferindo os dons do Espírito Santo em plenitude, inaugurado no batismo, põe o fiel no caminho da perfeição cristã e assim o faz passar da infância para a idade adulta, pois é o Sacramento da maturidade Cristã. É quando o cristão passa a ter responsabilidade na comunidade. Por isso ele é a Confirmação do Batismo. É o Sacramento da Juventude. É o Sacramento por excelência do Espírito Santo. É o sacramento da “missão”.

- Lembram da passagem final de Jesus pelo Horto das Oliveiras, antes de ser preso e condenado? Foi no Jardim das Oliveiras que Jesus se recolheu e orou fervorosamente antes da crucificação. Este jardim também é chamado de “getsêmani”. Pensemos que as orações e o sofrimento de Jesus nesta hora foram tão fervorosos que Ele chegou a suar sangue: “(...) posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.” (Lc 22,44).  Vale relembrar também o que significa, literalmente, a palavra aramaica Getsêmani. A primeira parte da palavra significa “prensa” (get) e a segunda (sêmani), óleo ou azeite. Todo horto de oliveiras possuía uma prensa assim.

- Façamos então, uma analogia com o sofrimento de Jesus a tudo que falamos hoje. As azeitonas precisam ser prensadas e esmagadas para produzir o mais fino e salutar dos óleos: o azeite de oliva. Jesus sofreu a agonia de saber que ia morrer por nós e sofreu muito por isso, afinal Ele, mesmo sendo o filho de Deus, também era “carne”, era humano. Sua morte provocou a salvação da humanidade (azeite, doçura da unção). Cada um de nós, a seu tempo vive o “getsêmani”... Afinal o fruto de nosso sofrimento, é óleo para a unção, tem que sair de nós mesmos, esmagando nossa carne,  para ser então derramado sobre as frontes. Por mais difícil que possa parecer, temos que passar por ele, pela “prensa” do sofrimento: chorando, gritando e suando “sangue”, se preciso for, para que, lá na frente, nos transformemos em bênçãos.  Este é o óleo do Crisma e o significado dele para nossa fé.
Renovação do batismo
- Vamos lembrar também que o sacramento da crisma é a confirmação e a renovação do batismo. Na parte final do Batizado é feita a “Unção com Óleo da Crisma”. No Antigo Testamento era comum ungir os sacerdotes, reis e profetas. Também Cristo foi ungido pelo Espírito Santo de um modo muito especial. Então, esta Unção quer significar que pelo Batismo nos tornamos participantes do poder messiânico de Jesus. E também, conforme a primeira epístola de São Pedro (1 Pedro 2, 9-10) nos tornamos raça eleita com Cristo, reis (rainhas), sacerdotes (sacerdotisas) e profetas (profetisas).
- Profetas, porque participantes da salvação em Cristo, nós a devemos anunciar a humanidade por palavras e exemplos de vida. Mostrar que Deus é Amor através do verdadeiro amor pessoal.
- Tornamo-nos sacerdotes. Não possuímos o sacerdócio ministerial com o poder de fazer a Consagração na Santa Missa. Mas nos tornamos participantes do sacerdócio de Jesus, pois participamos do novo povo de Deus na Nova Aliança, sendo assim, parte de um povo sacerdotal capaz de oferecer sacrifícios com Cristo. Isto porque, recebemos nossa vida como precioso dom de Deus e assim, devemos oferecê-la em retribuição, em ação de graças ao Criador. Todo cristão pode e deve, em sua vida, orientar todas as coisas para Deus.
- Por fim, pelo Batismo nos tornamos reis, possuidores do Reino de Deus. Com Jesus vencemos a morte e o pecado e podemos participar da própria vida de Deus.
- Vemos aqui que os sacramentos da iniciação tem uma estreita ligação entre eles.
BENÇÃO FINAL – (CELEBRAR)

Já finalizando nosso encontro, vamos lembrar da imposição das mãos.

-Na imposição das mãos e na unção realizadas pelo bispo, o crismando não está só. O padrinho ou a madrinha está atrás dele(a) e lhe põe a  mão direita sobre o ombro e participa da essência do ritual. Para os jovens, é bom saber que a seu lado há um adulto que os ampara. No padrinho ou na madrinha, o Espírito Santo torna-se visível, como um amparo real. Isso firma a vontade do crismando para que ele(a) consiga amparar a si mesmo e para que tenha coragem de enfrentar a vida. Uma das tarefas do padrinho é colocar a mão direita sobre o ombro do crismando. O ombro é um centro da energia. É a partir dele que o guerreiro  atira sua lança. Mostrar o ombro a alguém, aprumar os ombros, levantar, quer dizer: estou impondo limites. Quando o padrinho ou madrinha põe a mão no ombro do crismando, quer dizer: “É bom que você esteja aqui. Você tem força. Você administra sua vida. Permaneça fiel a si mesmo. Trilhe seu caminho”. Ao mesmo tempo, com esse gesto ele mostra que a força, muitas vezes insuficiente do crismando, é permeada pela força do Espírito Santo, que sustenta o jovem para que ele possa dar os passo seguintes, de ombros erguidos e confiante.

- Agora, não é apenas o padrinho que está junto de vocês, mas seus pais, irmãos, amigos. Todos que puderem coloquem a mão sobre os ombros uns dos outros. Com isso vamos expressar que não estamos sós, que existe muita gente nos apoiando, que muitas pessoas acompanham a nossa vida, torcem por nós e sempre podemos contar com elas. Quando “confirmados” pela crisma somos admitidos no círculo dos adultos, passamos a fazer parte de uma comunidade que vem de gerações, de pessoas dispostas a partilhar a fé e nos acompanhar para o que der e vier. Quando nos sentirmos desanimados e abandonados, vamos lembrar deste gesto. Sempre podemos voltar a vivenciar a força do Espírito Santo nas pessoas que nos acompanham, nas pessoas que seguram os nossos ombros e nos dão força.

- Vamos fechar nossos olhos e em silêncio, vivenciar essa força, sentir a energia do outro pela mão que toca nosso ombro e transmitir essa mesma energia ao ombro da pessoa que estamos tocando.

- Colocar a música: Vem Espírito (Pe. Marcelo Rossi).

“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.”

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no principio, agora e sempre. Amem.

FINAL (coordenação):

Agradecer a presença de todos. Reforçar a data e o horário e o local da Missa dos Santos Óleos. Como todos vão se dirigir ao local.

(Justificativa de servir pão e suco de uva ao final...).

- O Bispo invoca o Espírito Santo sobre os jovens para que renasçam, para que se transformem como as oferendas da Eucaristia, para que se tornem plenos do Espírito, do amor e da força de Cristo. Com a imposição das mãos, eles devem se tornar o pão dos céus, o pão para os outros, o pão que os nutre verdadeiramente em seu caminho e o vinho que alegra os corações das pessoas.

Convidar a todos para na saída, degustar uma pequena “refeição” que lembrará os momentos do encontro (Pratos com azeitonas verdes e pretas, torradinhas ou “paezinhos” com algumas gotas de azeite de oliva e sal, patê de azeitona, e suco de uva. Esta mesa decorada, deverá estar pronta  à saída do evento).

Ângela Rocha

- Encontro realizado na Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos de Londrina, Pr,  em 20 de março de 2013.
Catequistas: Mariza Colares, Lucilene Pedrão, Ângela Rocha, Cláris Romero.

FONTES DE CONSULTA:
 - Anselm Grün, Confirmação, responsabilidade e vigor. São Paulo: Loyola, 2006.
- Bento XVI, Homilia,  missa do Santos Óleos, 2011.
- Bíblia Sagrada, CNBB. 10ª ed.
- CIC – catecismo da Igreja Católica – 1285 a 1321.
- Orientações Arquidiocese de Londrina –PR




ANEXOS

01 - CITAÇÕES BÍBLICAS:

UNÇÃO - Êxodo 30, 22-33

O Senhor falou a Moisés:
23. "Providencie bálsamo de primeira qualidade: cinco quilos de mirra em grão, dois quilos e meio de cinamomo, dois quilos e meio de cana aromática,
24. cinco quilos de cássia, conforme o peso do santuário, e sete litros e meio de azeite de oliva.
25. Com esses ingredientes, faça o óleo para a unção sagrada, um perfume aromático, segundo a receita de perfumista. E ele servirá para a unção sagrada.
26. Unja com esse óleo a tenda da reunião e a arca da aliança,
27. a mesa com seus utensílios, o candelabro com seus acessórios, o altar do incenso,
28. o altar dos holocaustos com seus acessórios, e a bacia com a sua base.
29. Consagre essas coisas e elas ficarão santíssimas: quem as tocar ficará santificado.
30. Unja também Aarão e os filhos dele e consagre-os, para que exerçam o sacerdócio em minha honra.
31. Fale aos filhos de Israel: 'Isso será para vocês e para suas gerações um óleo para a unção sagrada.
32. Não será derramado sobre o corpo de nenhum homem, e vocês não copiarão sua fórmula. Ele é coisa sagrada e assim vocês devem tratá-lo.
33. Quem fizer um óleo parecido e o colocar sobre um profano, será excluído do povo”.

UNÇÃO - Levítico 8, 1-13:

1. O Senhor falou a Moisés:
2. "Tome Aarão e seus filhos, as vestes, o óleo da unção, o bezerro do sacrifício pelo pecado, os dois cordeiros e o cesto dos pães sem fermento.
3. Em seguida convoque toda a comunidade junto à entrada da tenda da reunião".
4. Moisés fez conforme o Senhor lhe havia ordenado. E toda a comunidade se reuniu na entrada da tenda da reunião.
5. Moisés lhes falou: "Vejam o que o Senhor mandou fazer".
6. Depois Moisés fez com que Aarão e seus filhos se aproximassem, e os lavou com água.
7. Revestiu Aarão com a túnica, colocou-lhe o cinto, vestiu-o com o manto e colocou nele o efod. Depois colocou a faixa do efod e a fixou em Aarão.
8. Colocou-lhe o peitoral com os urim e os tumim.
9. Colocou-lhe o turbante na cabeça e, na frente do turbante, a flor de ouro: é o sinal da santa consagração, conforme o Senhor ordenou a Moisés.
10. Então Moisés pegou o óleo da unção e ungiu o santuário e tudo o que nele havia, para os consagrar.
11. Fez sete aspersões sobre o altar, e ungiu o altar e seus acessórios, a bacia com sua base, a fim de os consagrar.
12. Depois derramou o óleo da unção sobre a cabeça de Aarão e o ungiu, para o consagrar.
13. A seguir, mandou que os filhos de Aarão se aproximassem, revestiu-os com túnicas, colocou neles o cinto e atou-lhes o turbante, conforme o Senhor ordenou a Moisés.

Obs.:
Efod - Tipo de uma túnica adornada de ouro e jóias, usada pelo sumo sacerdote, judeu, no exercício de suas funções.
Urim e Tumim - Trata-se de um objeto, ou de mais de um objeto usado no processo de adivinhação utilizado pelos antigos israelitas para descobrir a vontade de Deus sobre determinado evento. É uma expressão proveniente do hebraico, e significa luzes e perfeições. Não existe uma clara definição de como era o objeto, ou objetos. Quanto a cor, tamanho, e também  a substancia do Urim e do Tumim, são desconhecidas. Talvez fossem dados, pedras ou até bastões, que deveriam estar na dobra do peitoral dos sacerdotes.


LUZ/COMBUSTÍVEL - Mateus 25, 1-13

1. "Naquele dia, o Reino do Céu será como dez virgens que pegaram suas lâmpadas de óleo, e saíram ao encontro do noivo.
2. Cinco delas não tinham juízo, e as outras cinco eram prudentes.
3. Aquelas sem juízo pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo.
4. As prudentes, porém, levaram vasilhas com óleo, junto com as lâmpadas.
5. O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormiram.
6. No meio da noite, ouviu-se um grito: 'O noivo está chegando. Saiam ao seu encontro'.
7. Então as dez virgens se levantaram, e prepararam as lâmpadas.
8. Aquelas que eram sem juízo disseram às prudentes: 'Dêem um pouco de óleo para nós, porque nossas lâmpadas estão se apagando'.
9. As prudentes responderam: 'De modo nenhum, porque o óleo pode faltar para nós e para vocês. É melhor vocês irem aos vendedores e comprar'.
10. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou.
11. Por fim, chegaram também as outras virgens, e disseram: 'Senhor, Senhor, abre a porta para nós'.
12. Ele, porém, respondeu: 'Eu garanto a vocês que não as conheço'.
13. Portanto, fiquem vigiando, pois vocês não sabem qual será o dia, nem a hora."

CURA - Marcos 6, 6-13

6. E Jesus ficou admirado com a falta de fé deles. Jesus começou a percorrer as redondezas, ensinando nos povoados.
7. Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus.
8. Jesus recomendou que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas.
10. E Jesus disse ainda: "Quando vocês entrarem numa casa, fiquem aí até partirem.
11. Se vocês forem mal recebidos num lugar e o povo não escutar vocês, quando saírem sacudam a poeira dos pés como protesto contra eles."
12. Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem.
13. Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo.

CURA – São Tiago 5, 13-15

13. Alguém de vocês está sofrendo? Reze. Está alegre? Cante.
14. Alguém de vocês está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que rezem por ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.
15. A oração feita com fé salvará o doente: o Senhor o levantará e, se ele tiver pecados, será perdoado.


PRIVILEGIO E MANDATO DE CURA – 1 Pedro 2, 9-10

9. Vocês, porém, são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas daquele que chamou vocês das trevas para a sua luz maravilhosa.
10. Vocês que antes não eram povo, agora são povo de Deus; vocês que não tinham alcançado misericórdia, mas agora alcançaram misericórdia.


02 – TEXTO DE APOIO

Getsêmani...

Essa palavra, quando dita, evoca sofrimento. Porque lembramos os últimos momentos de Jesus em oração ao Pai antes da confirmação de sua missão aqui na terra.

Além de lembrar que o “Jardim do Getsêmani” ou Horto das Oliveiras, foi onde Jesus orou fervorosamente antes da crucificação, pensemos que as orações e o sofrimento Dele foram tão fervorosos que Ele chegou a suar sangue: “(...) posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.” (Lc 22,44).

Vale relembrar também o que significa, literalmente, a palavra aramaica Getsêmani. A primeira parte da palavra significa “prensa” (get) e a segunda (sêmani), óleo ou azeite. Todo horto de oliveiras possuía uma prensa assim.

Façamos então, a analogia com o sofrimento de Jesus. As azeitonas precisam ser prensadas e esmagadas para produzir o mais fino e salutar dos óleos: o azeite de oliva. Jesus sofreu a agonia de saber que ia morrer por nós e sofreu muito antes disso. Sua morte provocou a salvação da humanidade (azeite, doçura da unção). Cada um de nós, a seu tempo vive o “getsêmani”... Afinal o fruto de nosso sofrimento, o óleo para a unção, tem que sair de nós mesmos, esmagando nossa carne,  para ser então derramado sobre as frontes. Por mais difícil que possa parecer, temos que passar por ele, pela “prensa” do sofrimento: chorando, gritando e suando “sangue”, para que, lá na frente, nos transformemos em bênçãos.
Este é o óleo do Crisma e o significado dele para nossa fé. Porque a religião católica utiliza o óleo para a unção? A unção com óleo significa o derramar do Espírito Santo em nossas vidas e o agir de Deus a nosso favor, através da comunhão, da oração e da obediência.
Crisma é o sacramento que, conferindo os dons do Espírito Santo em plenitude, inaugurado no batismo, põe o fiel no caminho da perfeição cristã e assim o faz passar da infância para a idade adulta, pois é o Sacramento da maturidade Cristã. É quando o cristão passa a ter responsabilidade na comunidade. Por isso ele é a Confirmação do Batismo. É o Sacramento da Juventude. É o Sacramento por excelência do Espírito Santo.

Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito. Ungir é passar o óleo do Crisma na fronte do crismando em forma de cruz. Esse óleo usado na cerimônia de Crisma é consagrado na Missa dos Santos Óleos, na Quinta-Feira Santa. O óleo do crisma é uma mistura do óleo de oliva e de bálsamo. É o único dos santos óleos que é perfumado. Porque precisa deixar marcas no Espírito e no corpo.

Providencie um pequeno frasco com azeite de oliva, perfumado com algum bálsamo, peça para o padre abençoar, leve ao seu próximo encontro de catequese. Fale para que servia as oliveiras, como é feito o azeite. Conte a história dos últimos momentos de Jesus, de como, feito “homem”, ele sofreu no Getsêmani. Faça o sinal da cruz na palma da mão direita de cada um, numa espécie de “envio” para a catequese.

Precisamos resgatar a simbologia da nossa fé. Passar para os jovens o significado do sacramento. Todo o mistério da nossa fé está estreitamente ligado a simbologia. Símbolos marcam. É a fé vivida concretamente. São sinais que ficam para sempre.

Ângela Rocha
angprr@uol.com.br


03 – IMAGENS