Entre as décadas de 60 e 70, Nossa Senhora apareceu 5 vezes ao médico e advogado Dr. Fausto de Faria, em Natividade,RJ. Ela ditou 3 mensagens, das quais a mais longa é a segunda, dirigida à Igreja.
Na terceira aparição, Nossa Senhora deixou com o Dr. Fausto uma pedra, que surgiu nas mãos dele diante de várias testemunhas.
A parte das terras da Fazenda Coqueiro, onde se deram as aparições e onde o Dr. Fausto mandara construir uma réplica - única no mundo – da Casa de Nossa Senhora em Éfeso, na Turquia, num total de 48.400 m² (um alqueirão), foi separada exclusivamente para comportar o “SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE NATIVIDADE”, e como garantia de sua perpetuação foi designada, em escritura pública, aos três filhos: Roberto, Ronaldo e Francisco Norberto, com cláusulas impeditivas de jamais negociá-las.
Em agosto de 1967 a pintora e poetisa Profª IRACI DO NASCIMENTO E SILVA, fez um “quadro retrato-falado que reproduz de maneira quase fiel, o rosto sublime”, segundo o próprio Dr. Fausto.
Com base no “Retrato-Falado” o Dr, Fausto de Faria encomendou uma estátua de Nossa Senhora, em gesso pintado, de autoria do escultor MATHEUS FERNANDES, do Rio de Janeiro.
O nome do Santuário é “SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE NATIVIDADE”, isto é, de Nossa Senhora que apareceu no Município de Natividade/RJ; não deve ser confundido com a Nossa Senhora que deu à luz o Salvador; embora seja a mesma como Ela própria disse: “Os Meus símbolos têm diferentes nomes, mas Eu sou uma única criatura.”
A segunda mensagem de Nossa Senhora:
“Eu sou realmente Miriam (Maria, em hebraico), mãe imaculada de Jesus unigênito.
Meu símbolo primordial, porque característico, é a maternidade divina, razão de minha própria existência.
Meu templo, que os ímpios e apóstatas também tentam destruir, é o culto universal a minha condição de mãe de Deus feito homem. (Destaque à necessidade de Nossa Senhora ser reconhecida como Mãe de Deus.)
Eu sou a mensageira da Fé e do Amor para a cristandade traumatizada pela discórdia, em meio à humanidade ameaçada em seu espiritualismo.
À Igreja de meu Filho - guardiã e intérprete primeira de sua doutrina - e da qual também sou Mãe, eu transmito a seguinte exortação:
Que, sem renúncia a sua essência e aos seus valores fundamentais, sabiamente continue a ajustar sua ação à face dos tempos, a fim de melhor cumprir sua sagrada missão espiritual evangelizadora, sobretudo, e participar, da maneira mais ampla e decidida, mas pacificamente, na solução dos problemas de ordem social e econômica, atinentes, à doença, à pobreza, à ignorância e à opressão, indispensável à paz dos povos e das nações.
Que não se esmoreça no longo e árduo caminho de edificação de um só e grande templo que acolha a unificação do cristianismo, ampliando assim, a fé e a pregação em defesa da família e da sociedade contra as forças desagregadoras da decadência espiritual, moral, os preconceitos, o orgulho e o ódio, a maldade e a violência.
Que restabeleça o primado do culto a Deus e a meu Filho, sem mácula das invocações aquelas cujas vidas comprovadamente santas, sejam fortes perenes de virtudes. (Destaque ao culto a Deus e também aos santos - tema muito discutido na época das aparições, durante o Concílio Vaticano II)
Que conserve meu templo sempre aberto, intransigível e inviolável.
Que mantenha a respeitabilidade dos seus templos, a hierarquia e a autoridade dos seus oráculos episcopais, principalmente do maior de Cefas. (Cefas - ´pedra´; no caso, ´Pedro´, o Papa.)
Que se acautele com os incendiários da fé e da disciplina em seu próprio seio. ( Alerta contra os que trabalham contra a Igreja dentro dela mesma.)
Atenção! Fica a seu critério a conveniência e oportunidade da divulgação da seguinte frase: “___________________________” ( Dr. Fausto faleceu sem deixar orientações sobre a divulgação desta frase sigilosa. No livro Eu vi a Mãe de Cristo, explica-se que não se trata de alguma profecia de catástrofe, mas apenas uma mensagem para a Igreja. Aliás, toda essa mensagem é dirigida à Igreja.)
Que o homem na sua genialidade e grandeza - dádivas de Deus - não se ofusque com suas conquistas.
Em vão prenunciaram, porque este mundo só se extinguirá com a sua luz, não antes de passarem milhões de anos e de haver a humanidade caminhado para outros mundos. ( Dr. Fausto faleceu sem deixar orientações sobre a divulgação desta frase sigilosa. No livro Eu vi a Mãe de Cristo, explica-se que não se trata de alguma profecia de catástrofe, mas apenas uma mensagem para a Igreja. Aliás, toda essa mensagem é dirigida à Igreja.)
Enquanto não for depositada definitivamente, no templo do qual sou padroeira, em Natividade, que jamais falte alguém para guardar e aqui trazer, todos os anos, esta Cefas (Cefas - ´pedra´; aqui, trata-se da pedra que surgiu nas mãos de Dr. Fausto na terceira aparição.), penhor e símbolo da minha presença permanente neste regato e neste recanto abençoado de fé e esperança, de consolo e resignação, e onde as graças por meu meio obtidas, sejam apenas registradas no silêncio da humildade, das orações e penitências, em favor dos sofredores e infelizes, das almas, da união das famílias cristãs e espirituais, dos pecadores e incrédulos.
Esta é a minha imagem, nesta revelação. Que seja divulgada com esta mensagem. (Na imagem de Nossa Senhora de Natividade, Ela aparenta ter cerca de 40 anos.)
O seu pedido de Fátima e de Lourdes não pode ser atendido, porque a fé não está condicionada às revelações de Deus. Sejamos bons e humildes e oremos para alcançá-la e senti-la. (Resposta ao pedido que o Dr. Fausto fez a Nossa Senhora para aparecer ou dar algum sinal de sua presença para outras pessoas. Este pedido foi feito através de duas cartas fechadas que o Dr. Fausto entregou a seu filho mais velho, que ia para a Europa, que colocasse nos Santuários de Fátima e de Lourdes. )
Este é meu segundo e último adeus desde Éfeso.
Eu o abençôo a todos aqui presentes que vieram com fé ou em busca da fé, e desejo que minha bênção maternal chegue a todos quantos, homens e mulheres, em todas as partes do mundo, com renúncia, abnegação e sacrifícios, estão a serviço de Deus em seu apostolado e ministério.
Não sinta a indiferença e o insulto dos orgulhosos e descrentes. Reze por eles. Adeus.”
Depois, desfazendo a posição das mãos (foi a 2ª vez que assim procedeu), conforme dissera o Dr. Fausto a seu filho Ronaldo, que estava presente nesta aparição: “Observei, meu filho, que Ela acenava para o quadro,
desfazendo, assim, pela segunda vez, a posição das mãos, mantidas sempre juntas, acima
da cintura. A primeira vez ocorreu na primeira aparição, quando Ela disse: ”Não se assuste. Volte.”
Na quinta aparição, em 12 de julho de 1977, quando se comemorava o décimo aniversário da
primeira Mensagem, tudo transcorria bem como de costume e, no horário habitual, Dr. Fausto de Faria
entregou a cefas (pedra) para sua esposa, Dª Maria Elisa, para, como sempre, colocá-la no mesmo lugar na
água do regato; porém quando a pedra tocou a água ouviu-se o chiado característico do contato de algo
quente com outro frio, então Dr. Fausto pressentiu que algo extraordinário iria acontecer, pois esse era o
prenúncio das aparições de Nossa Senhora depois da existência da cefas: ela se aquecia. Após o Terço e
depois de ter tomado da água do regato, dada, numa canequinha, por sua esposa, a expectativa se confirma
pela crescente sensação de frio intenso e tremores que o visionário da Mãe sentia nas ocasiões que
antecediam as aparições.
Neste momento, repentinamente, a linda senhora de pés e mãos dourados
“apareceu, com a mesma fisionomia de sempre: Seu rosto claro, igualzinho ao Seu
retrato-falado. Usava o mesmo vestuário primitivo cinza-azulado com o manto, do
mesmo tecido, na cabeça. As mãos douradas estavam cruzadas à altura da cintura e
os pés, também dourados, pousavam no leito raso do regato.”
Privilegiado contemplador da Mãe Santíssima, da mesma forma que Seu Filho Jesus e tantos outros
puderam vê-La e tocá-La , há dois mil anos atrás, aqui na Terra, Dr. Fausto de Faria que esteve com Ela
distante de 3 ou 4 metros a 30 centímetros, assim descreve suas impressões sobre como a MÃE DE DEUS
se apresentou nas aparições de Natividade:
“Ela apareceu sempre de carne e osso, nítida e inconfundível como criatura
humana, vista a curta distância. Tinha todas as dimensões. Não era uma estátua,
nem inerte. Seu rosto e seu olhar, que me acompanhavam todo o tempo, eram de uma
pessoa viva.”
“A visão que tinha de Nossa Senhora é de uma criatura humana, viva, com todas
as dimensões. Ao mesmo tempo que A vejo e A ouço, eu também vejo e ouço as
pessoas ao meu redor. O rosto de Nossa Senhora, embora decorridos 10 anos da
aparição de 1967, não apresenta nenhum sinal de envelhecimento. Mantém a idade
que sempre dei a Ela, mais ou menos 45 anos.”
“Mulher aparentando, mais ou menos, uns 45 anos; alta, esguia e trajando um
hábito cinza-azulado, de tecido grosso; mãos e pés dourados, mãos cruzadas à altura
da cintura; olhos grandes e bonitos... A beleza de Seu rosto e singularidade de Suas
mãos douradas... !!!”
“Sua postura é reta, com as mãos juntas acima da cintura, os pés descalços
dentro do leito raso do regato. Usa vestido inteiriço, de mangas largas, de tecido
grosso e modelo primitivo, cinza-claro azulado. É alta, magra, aparentando quarenta
e poucos anos, com uma expressão acolhedora e santa. Voz suave, um português
perfeito. Sorriu uma vez na primeira aparição, e tornou-se triste na quarta, ao ditar
a frase: “Que conserve meu templo sempre aberto, instransigível e inviolável.”
“Contemplei a tez bem alva; o rosto longo, ovalado, as faces ligeiramente
rosadas; os olhos castanhos-claros, grandes, vivos, bem afastados um do outro; os
lábios sobressaiam numa boca pequena; os cabelos ondulados, também castanhosclaros,
cobertos por um manto do mesmo tecido do vestuário, caindo para trás dos
ombros; e as lindas mãos douradas, como se houvessem sido mergulhadas em
purpurina.”
“O dourado das mãos e pés, não eram como ouro maciço ou da cor douradaplena,
eram como se estivessem com uma purpurina dourada sobre a pele”
Assim escreveu Dr. Fausto Faria em seu DIÁRIO, que na quinta aparição e terceira mensagem, dia
12 de julho de 1977, depois d’Ela dizer: “Quanto à frase, Eu lhe direi em breve”:
“Notando que Ela silenciara, fiquei contemplando Seu rosto irradiante de
vida e beleza. Cheio de emoção e perplexidade procurei me ajoelhar. Ao
levantar os olhos, Ela havia desaparecido.”
O Dr. Fausto Faria, faleceu no dia 22 de dezembro de 1981, dois dias antes tinha comentado com um filho sobre descansar no cemitério que
também ficava ali na cidade de Natividade/RJ, “Eu quero descansar ao lado d’Ela !”.